21,novembro 2024

Brajovic leva projetos da Amazônia para Veneza

Nove projetos criados pelo Atelier Marko Brajovic, programados para serem executados na Amazônia, são apresentados na Mostra Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza

O Atelier Marko Brajovic, baseado em São Paulo, representa o Brasil na Mostra Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza com nove projetos, todos baseados na Amazônia, respondendo ao chamado da curadoria do evento para imaginar espaços em que se possa viver em harmonia e generosidade. Os projetos integram a exposição “Amphibious – Vivendo entre a água e a terra na Amazônia”, apresentada no Pavilhão Central (Giardini).

Aberta ao público presencial no último mês de maio, a 17ª Mostra Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza, na Itália, segue até 21 de novembro deste ano, reunindo 110 participantes de 46 países.

A edição de 2021 tem como tema “Como Viveremos Juntos?” (How Will We Live Together), e evoca um chamado global para soluções aos problemas atuais do mundo – que incluem divisões políticas, desigualdades econômicas e desequilíbrio ambiental. O curador do evento, Hashim Sarkis, pediu aos arquitetos que assinam os projetos que imaginassem “espaços em que se possa viver juntos com generosidade”.

Representando o Brasil, o Atelier Marko Brajovic aparece por meio de projetos de escolas comunitárias, hotel ecológico na floresta, biblioteca flutuante, centro de cerimônias, ‘biofábricas’ e um museu de ciência e programas de educação avançada. “Cada um deles se relaciona ao tema proposto e à sensibilidade de interconexão com o contexto natural e cultural local”, informa o texto de divulgação.

O arquiteto Marko Brajovic

“A Amazônia é o lugar onde se discute o futuro do planeta e o objetivo é trazer luz a essas iniciativas e colaborações que apresentam possíveis caminhos de convivência. Nosso propósito é falar da Amazônia numa visão positiva e construtiva, apresentando nossas criações as quais se integram de forma simbiótica ao ecossistema natural e cultural da região”, comenta Marko Brajovic, fundador e diretor criativo do escritório de arquitetura brasileiro.

Projetos

Um desses é o projeto do hotel Mirante do Madadá, a ser estabelecido na margem do Rio Negro, em frente ao Parque Nacional de Anavilhanas, no Amazonas.

O complexo turístico propõe uma imersão na floresta e sua biodiversidade, por meio da arquitetura biomimética e de experiências de bem-estar, como mostram as ilustrações abaixo.

Todos os detalhes do projeto arquitetônico foram baseados em elementos naturais e culturais da região, ‘costurando’ signos e significados, texturas e materiais, percepções e percursos. As estruturas ‘sementes’, que compõem o complexo, organizam-se no espaço de forma orgânica, seguindo topografia do terreno e respeitando a vegetação local.

Outro detalhe interessante do projeto são as passarelas que irão conectar a principal construção, na entrada, às acomodações e distribuem os caminhos entre toda a extensão do hotel – até o espaço dedicado a práticas de yoga, massagens e banho ayurvédico.

Com informações e fotos da assessoria

Rogerio Pina

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