23,novembro 2024

Ribeirinhos da Amazônia ganham energia solar

Comunidade ribeirinha da Amazônia é beneficiada com sistema inovador de energia solar fotovoltaica, por iniciativa da Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e a empresa Unicoba

Ainda pouco difundida no Brasil, a energia solar já não é mais um privilégio exclusivo de grandes centros urbanos. Regiões remotas da Amazônia já podem usufruir dos benefícios dessa fonte renovável, como é o caso da comunidade Santa Helena do Inglês, localizada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro, município de Iranduba (AM). O projeto Sempre Luz, uma parceria entre a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e a empresa Unicoba, foi responsável por beneficiar as 30 famílias que residem no local, contemplando-as com um sistema de energia solar fotovoltaica que utiliza baterias de lítio. A tecnologia é considerada inovadora e sustentável, além de adaptável à realidade de comunidades ribeirinhas.

Ao todo, o sistema abrange 132 painéis solares, 54 baterias de lítio e nove inversores híbridos de última geração. A central de energia solar fica localizada em uma área aberta da comunidade e conta com uma estrutura fechada para armazenar os equipamentos com segurança. Apesar de ainda estar em fase piloto, os moradores desfrutam dos benefícios do sistema, já em pleno funcionamento.

Antes da energia solar se tornar uma realidade, Santa Helena do Inglês era um local que sofria com quedas constantes de energia elétrica, causadas pelas intempéries e outros imprevistos típicos da região amazônica.

Inauguração do sistema de energia solar

A comunidade é a primeira das quatro localidades amazônicas previstas para serem favorecidas pelo projeto. Até dezembro deste ano, o sistema também será instalado na comunidade Boa Frente, na RDS do Juma, em Novo Aripuanã; na comunidade do Bauana, RDS de Uacari, em Carauari; e na comunidade indígena Munduruku, em Nova Olinda do Norte.

Na opinião do superintendente-geral da FAS, Virgilio Viana, o caráter acessível do sistema serve de inspiração para que seja replicado em outras localidades remotas da Amazônia. “Esse sistema não apenas é mais barato, como fornece uma energia de melhor qualidade e mais confiável, permitindo atividades de geração de renda, e eu acredito que esse sistema pode ser multiplicado para atingir todas as comunidades do Amazonas”.

Com informações e fotos da assessoria

Rogerio Pina

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