21,novembro 2024

Instituto Claro apoia projeto com tracajás na Amazônia

Com o apoio do Instituto Claro, Pé-de Pincha tem recorde de ovos de tracajás ‘colhidos’ no ciclo de 2021/2022; em fevereiro e março, o projeto que atua para a conservação de quelônios de água doce deverá soltar 12,5 mil filhotes na bacia do Rio Solimões

Em 2021, o projeto Pé-de-Pincha ajudou a proteger, ao longo da Rodovia BR319, um número recorde de 17,5 mil ovos de tracajás, o maior número desde o início da iniciativa em 2010 e que representa um crescimento de quase 60% em relação ao ciclo anterior.

O projeto conta com o suporte e orientação dos especialistas da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), parceria das comunidades, da Fundação de Apoio Institucional Rio Solimões (UNISOL), da Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Amazonas e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e tem o apoio do Instituto Claro.

A iniciativa, que ocorre todos os anos, tem como objetivo a conservação dos filhotes de tracajás (espécie de quelônio de água doce da região Norte do país), conta com a participação ativa da população de doze comunidades ribeirinhas nas cidades do Careiro, Borba e Autazes. Mais de 550 comunitários participam diretamente de todas as três fases do trabalho de proteção durante o ciclo de reprodução dos quelônios.

Conhecido como Pé-de-Pincha, o projeto permitirá a soltura de aproximadamente 12 mil filhotes de quelônios no rio Igapó Açu, Lago do Mamori e Lago Preto na calha do rio Madeira, em fevereiro e março deste ano, quando completam o fechamento do ciclo. Durante todas as fases, o Instituto Claro e os pesquisadores da Ufam realizaram mais de 35 atividades de conscientização das comunidades, como palestras e treinamentos em educação ambiental. 

A primeira fase do projeto, que acontece entre agosto e setembro, abrange a transferência dos ovos para locais protegidos pelas comunidades, as chocadeiras, e também conta com atividades de sensibilização ambiental nas comunidades, envolvendo principalmente, as escolas locais, ressaltando a importância da conservação dos filhotes de tracajás.

As chocadeiras se localizam nas comunidades aderentes ao projeto, onde os ovos ficam protegidos de predadores e caçadores. Em um segundo momento, o nascimento dos filhotes é acompanhado, durante a eclosão dos ovos.

Nesta fase, os filhotes são levados para tanques, onde são alimentados até engordarem e chegarem no tamanho e idade ideais para a soltura. Neste momento ocorre também a pesagem e catalogação dos filhotes pelos pesquisadores da UFAM até que possam ser soltos no rio, nos meses de fevereiro e março, quando as cheias dos rios possibilitam maior chance de sobrevivência da espécie.

A soltura é a terceira e última fase anual do projeto, e normalmente, acontece com um evento festivo na região, em que outras comunidades e público em geral são convidados para conhecerem o trabalho de conservação de base comunitária, em uma grande ação de educação ambiental.

Com informações e fotos da assessoria

Rogerio Pina

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