Paleontóloga conta com apoio do Instituto Senai de Inovação em pesquisa com animais amazônicos que viveram há milhões de anos na região do rio Purus, na Amazônia
A paleontóloga Lucy Gomes de Souza vem pesquisando materiais fósseis de animais amazônicos, em um trabalho em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Amazonas), via Instituto Senai de Inovação (ISI), com a finalidade de analisar animais que viveram há pelo menos cinco milhões de anos na região do rio Purus, o último grande afluente da margem direita do Rio Solimões. O trabalho é feito por meio da microtomografia das vértebras de cetáceos (botos) e crocodilianos (jacarés e crocodilos).
O trabalho foi divulgado esta semana por meio da assessoria de comunicação do Senai no Amazonas.
A pesquisa inclui o acesso a tecidos internos desses materiais fósseis. A partir daí, a pesquisadora irá inferir sobre o desenvolvimento desses animais e como o ambiente pode influenciá-lo, expandindo assim o conhecimento sobre a vida pré-amazônica e os fatores que levaram a originar o bioma mais rico do planeta.
A coleta de dados para a pesquisa foi realizada em um curto período de tempo e agora está sob análise no ISI, com a previsão de conclusão para cerca de um ou dois anos. Sobre o andamento do projeto, a pesquisadora Lucy Souza afirma que tem sido muito satisfatório e com resultados promissores, destacando o apoio técnico que tem recebido na instituição.
Lucy Souza é professora doutora na Faculdade Estácio do Amazonas, docente colaboradora pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e pelo Museu da Amazônia (Musa).
A região às margens do rio Purus, entre o Acre e o Amazonas, é onde se concentra a coleta de dados. Ali, há dois anos, pesquisadores descobriram uma nova espécie de jacaré, já extinta, que habitava a Amazônia brasileira há cerca de 10 milhões de anos.
A existência do Melanosuchus latrubessei, como foi nomeado, foi revelada através de um fragmento de fóssil do focinho do animal – apesar de incompleto, o achado foi suficiente para confirmar que se tratava de uma espécie ainda desconhecida pela ciência.
Com informações e fotos da assessoria