Série “Amazônia, Arqueologia da Floresta” é destaque da programação do Abril Indígena no SescTV, além de uma live sobre cultura e caminhos para a sustentação do bioma, que podem ser acompanhados pelas redes digitais
No dia 30 de abril, às 20h, estreia na programação da SescTV a série Amazônia, Arqueologia da Floresta, com direção e montagem de Tatiana Toffoli, produção da Elástica Filmes e realização do SescTV. Para promover o debate em torno do tema, no dia 26/5, às 16h (horário de Brasíli), a SescTV e o Sesc Ideias realizarão a live ‘Amazônia – um olhar sobre o tempo, cultura e caminhos para a sustentação do bioma‘, com o historiador Eduardo Góes Neves, professor do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo e doutor em Arqueologia, e Julia Zanin Shimbo, doutora em ecologia e mestra em geociências. A mediação será feita por Solange Alboreda, técnica de programação da SescTV, doutora em comunicação e semiótica e também mestra em engenharia sanitária e ambiental.
O Sesc Ideias é umainiciativa do Sesc São Paulo que promove encontros online voltados ao debate e à reflexão. No canal do Sesc no YouTube, sempre às 16h (horário de Brasília), o Ideias é um espaço para trocas nos mais variados campos de atenção do contemporâneo, refletindo sobre o que nos sustenta enquanto sociedade e enquanto cidadãos.
Abril Indígena
A série Amazônia faz parte da programação do Abril indígena e é dividida em quatro episódios que retratam como a Amazônia foi transformada pelos povos indígenas ao longo de 6 mil anos, a partir de pesquisas realizadas nas escavações no sítio arqueológico Monte Castelo, localizado no estado de Rondônia.
Os episódios são conduzidos pelo arqueólogo Eduardo Góes Neves e refletem sobre como a presença humana ajudou a moldar a floresta Amazônica, ocupada e transformada pelos povos que a habitam há milhares de anos.
Para a diretora da série, Tatiana Toffoli, durante a gravação, foi possível observar os diversos pontos de contato entre o modo de vida atual dos Tupari e os vestígios encontrados pelos arqueólogos. “Fica evidente que os povos da Amazônia vivem em cooperação com a floresta. Eles guardam um saber ancestral em suas roças, na forma de pescar, na produção de bolsas, cestos, cumbucas, flechas e tantos outros materiais que usam no dia a dia e mantêm um modo de vida que não faz distinção entre cultura e natureza, porque de fato não existe cultura sem natureza”, destaca a diretora.
Nas escavações, feitas em parceria com os moradores da aldeia Palhal, da etnia Tupari, foram encontrados vestígios preservados entre camadas de conchas e terra como restos de fauna, sementes de plantas, cerâmicas e ossos humanos, indícios de como viviam os povos originários da região.
Com as pesquisas arqueológicas na Amazônia é possível dimensionar a relação milenar entre o ser humano e a floresta: “Por outro lado, a maneira como ocupamos a Amazônia está causando um desequilíbrio que está levando a floresta a perder o poder de regeneração e se transformar em uma savana. Se isso acontecer será uma catástrofe sem precedentes para o Brasil e para o mundo. Por mais que os cientistas estimem, não há como prever o risco que estamos correndo”, alerta a diretora.
“A série configura uma janela audiovisual para a difusão de conteúdo e reflexões acerca da complexidade amazônica, sobretudo em um mundo que debruça suas atenções internacionais na região, como forma de aprofundar a ação educativa para o presente e para as gerações vindouras.”, afirma Danilo Santos de Miranda, diretor regional do Sesc São Paulo.
Com informações e fotos da assessoria