Chef paraense Paulo Martins vai ganhar biografia

Chef paraense Paulo Martins vai ganhar biografia

Campanha de financiamento para a biografia do paraense pretende mostrar a trajetória do chef, o primeiro a difundir a Cozinha Amazônica para os brasileiros e para o mundo

Foi lançada na última semana, em Belém, a campanha de financiamento para a edição da biografia do chef Paulo Martins: “Memórias de um filho do fogão”.

A obra é de autoria da jornalista paraense Lorena Filgueiras, que entrevistou mais de 100 pessoas, em um trabalho profundo e detalhado, durante os últimos seis anos – como explica a jornalista e pesquisa de gastronomia amazônica Denise Rohnelt, em seu blog ‘Letras Saborosas’.

Chef Paulo Martins

O texto de Lorena Filgueiras narra as caminhadas de Paulo por uma Belém de tempos pretéritos, enquanto entregava as encomendas dos clientes da mãe. A verdade é que Paulo foi companheiro inseparável da mãe, dona Anna Maria Martins, parceria que virou sociedade, quando decidiram abrir o restaurante da família. E, daquele dia em diante, a gastronomia brasileira jamais seria a mesma, afirma Denise Rohnelt.

Trajetória

Paulo de Araújo Leal Martins foi um cozinheiro e arquiteto brasileiro, considerado um dos responsáveis, junto com os chefs franceses Claude Troisgros e Laurent Saudeau, e o brasileiro Alex Atala, pelo movimento de valorização da cozinha brasileira, por meio do uso dos ingredientes nacionais aliado às técnicas já difundidas no mundo (segundo informações contidas na Wikipedia).

Paulo esteve ao longo de 37 anos à frente do restaurante da família, chamado Lá em Casa. Mesmo sem nunca ter feito nenhum curso específico de culinária, Paulo aprendeu o ofício com a mãe e chegou até a trocar experiências com mestres de renome internacional, como o catalão Ferran Adrià, do El Bulli, considerado o melhor restaurante do mundo nos anos 2007 a 2008 pela crítica especializada.

O empenho do chef em divulgar as receitas típicas contribuiu para que ingredientes característicos da culinária paraense, como o tucupi, jambu e pimenta de cheiro, ficassem conhecidos em todo o Brasil e integrassem o cardápio de restaurantes de alta gastronomia, como o D.O.M., de Alex Atala, Maní, de Helena Rizzo, Tordesilhas de Mara Salles (todos de São Paulo) e os restaurantes Roberta Sudbrack e Oro, de Felipe Bronze, no Rio de Janeiro.

Ele também foi o criador em 1999 do Festival Ver-o-Peso da Cozinha Paraense que recebia, além de profissionais ligados à alimentação, grandes nomes da cozinha nacional e internacional.

Embaixador da culinária da Amazônia, autodidata da cozinha, visionário, criador e criativo, Paulo partiu no dia 9 de setembro de 2010 – deixando um legado considerável e um caminho pavimentado para jovens cozinheiros e chefs de cozinha do Pará.

Projeto colaborativo

A capa do futuro livro trará Paulo (Paulinho, na verdade) aos nove meses de idade, vestido de cozinheiro para o carnaval de 1947 – predestinação ou destino definido naquele momento, dizem alguns.

Qualquer pessoa pode incentivar e ajudar a concretizar a publicação da obra. A Lettera L Editora abriu uma campanha de financiamento no Kickante. A expectativa é lançá-lo até 25/07/2023 – dia em que se comemora o aniversário de dona Anna Maria Martins.

A partir de R$100 de doação, você já garante o seu exemplar.

Para participar é só clicar em https://www.kickante.com.br/financiamento-coletivo/memorias-de-um-filho-do-fogao-a-biografia-do-chef-paulo-martins.
Ou acesse pelo QR code que está na imagem abaixo:

Para quem tiver interesse em uma ‘degustação” assinada por Lorena Filgueiras, vale conferir o texto assinado por ela no jornal O Liberal, de Belém, em 2021, acessando link abaixo:

https://www.oliberal.com/belem/lembrancas-do-embaixador-o-chef-paulo-martins-1.431921

Na foto de capa deste material, vale o destaque para a clássica foto de Paulo Martins na cozinha de seu restaurante, registrada por João Ramid.

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