21,novembro 2024

Longa de Sérgio Andrade propõe ficção indígena

Longa metragem de ficção ‘A Terra Negra dos Kawa’, do diretor amazonense Sérgio Andrade, é uma homenagem aos povos originários, e pode ser visto em circuito nacional – incluindo Manaus

O longa de ficção científica “A Terra Negra dos Kawa”, do diretor Sérgio Andrade, depois de participar de festivais, entre eles a Mostra São Paulo e o Festival do Rio, pode ser visto em circuito nacional de cinema – incluindo a ‘praça’ de Manaus.

No elenco estão Mariana Lima, Felipe Rocha, Marat Descartes, e os Kawa, vividos por atores indígenas da mesma família – Severiano Kedassare, Ermelinda Yepario, e os filhos Kay Sara e Anderson Kary-Bayá –da etnia dos Tarianos. O filme também apresenta atores indígenas das etninas Sateré, Tikuna e Tukanos. A produção da obra é da Rio Tarumã Filmes e a distribuição é da Livres Filmes.

“A Terra Negra dos Kawa”, filmado em 2017, acabou se tornando com os anos cade vez mais relevante em relação aos debates atuais sobre a demarcação de terras indígenas e as ocupações ilegais.

“Incrível que depois de seis anos o filme se valorizou ainda mais pela questão da terra indígena”, afirma o diretor Sérgio Andrade.

No filme, um grupo de cientistas faz escavações em terrenos no interior do Amazonas em busca de uma terra preta fértil, usada para fins agrícolas.

Conforme se aproximam do sítio dos indígenas Kawa, notam que a terra adquire poderes energéticos e sensoriais. “Um dos grandes mistérios na Amazônia é a força antrópica ds antigas comunidades indígenas, que modificou o convívio social e os recursos naturais de seu espaço.”

“A chamada ‘terra preta de índio’, preparada e cultivada ao longo dos anos de uma maneira especial, tornando-a fértil para os padrões agrícolas atuais, é uma prova da inteligência dos povos ancestrais que viviam na Amazônia”, explica o diretor.

As filmagens de  “A Terra Negra dos Kawa” aconteceram em locações da cidade de Manaus e nos arredores do município de Iranduba (AM).

“Em Iranduba até a região do município de Manacapuru, ambos localizados na calha do Rio Solimões, encontramos extensas áreas de terra preta legítima, resquícios de povos originários ancestrais que habitavam ali”, revela Andrade.

Locações na pista do aeroporto internacional Eduardo Gomes, de Manaus,  possibilitaram a inclusão de imagens de aviões abandonados, que adicionam um componente interessante ao clima do filme

“A ficção científica me encanta mas, apesar de lidar com proposições científicas, a narrativa foca no conflito central: a questão a terra e da valorização sociocultural do indígena”, complementa o diretor.

Com informações e fotos da assessoria

Rogerio Pina

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