Labverde finaliza programa de residência na Amazônia

Labverde finaliza programa de residência na Amazônia

Projeto é voltado para artistas de todo o mundo e realizou imersão em reservas ambientais e comunidades do rio Negro, reivindicando a aproximação entre natureza e cultura em tempos de crise climática

O programa ‘Ecologias Especulativas’, promovido pelo projeto Labverde, finalizou do último domingo reunindo um grupo singular e criativo composto por 13 artistas provenientes da Amazônia, do Brasil e de várias partes do planeta em uma imersão artística na Amazônia.

Explorando os limites artísticos com a promoção de experiências autênticas e confronto entre disciplinas, envolvendo as artes, as ciências, os saberes tradicionais e a natureza, o grupo embarcou no dia 3 de agosto para uma verdadeira imersão em residência artística pelo maior bioma natural da Terra, a Amazônia.

Grupo visitou o Museu da Amazônia, em Manaus, antes de partir para a imersão na floresta amazônica

Promovido pelo Labverde, o programa tem curadoria da pesquisadora amazonense Lilian Fraiji, e visa promover a criação de novos conteúdos artístico e culturais sobre as questões socioambientais, gerados pelo conhecimento teórico, experiência prática e pela troca profissional na Floresta. Durante 10 dias, os artistas, ativistas, antropólogos, filósofos, ecólogos e agentes de conhecimento tradicional, estiveram reunidos para trocar conhecimentos e promover novas abordagens para a promoção da justiça climática na Amazônia.

A imersão conta com o patrocínio da Natura Ekos. Além da experiência em campo, o grupo também participa de uma série de palestras, workshops, expedições e debates para aprofundar seu conhecimento sobre a diversidade sociobiológica da Amazônia e contextualizar a Região em um cenário global na era do Antropoceno, era geológica marcada pelas transformações humanas na formação da terra.

O programa Ecologias Especulativas recebeu 807 inscritos, provenientes dos cinco continentes, 23 capitais Brasileiras e representativos de várias linguagens e expressões da área da cultura. O processo seletivo, contou com um comitê de jurados composto por Lilian Fraiji, diretora geral e artística da plataforma Labverde (AM), Vandria Borari, artista indígena e defensora dos direitos humanos de Alter do Chão (PA), Jonathan Nunes designer e pesquisador em Arte do Complexo do Alemão (RJ).

AÇÃO COLETIVA
Além do grupo de artistas, a residência contou com a participação de um time de 20 especialistas locais, a participação do filósofo francês Emanuele Coccia, que é professor das Universidade de Harvard e École des hautes e autor do best-seller “A Vida das Plantas – Uma metafísica da mistura”, e participação da convidada especial Vanda Witoto, que é ativista pelos direitos humanos da Amazônia, educadora política e liderança indígena de povo Witoto.

A residência tem o apoio do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), University of the Arts London (UAL) e Embaixada da França no Brasil.

“A arte é um dos vetores mais importantes para a geração de informação e conhecimento. Para nós, é um prazer participar por mais um ano dessa iniciativa tão genuína que busca, por meio de um residência na floresta, aproximar a natureza e a cultura, além de contribuir com o desenvolvimento de artistas tão talentosos”, comenta Tatiana Ponce, CMO e head de pesquisa e desenvolvimento para Natura Global. “Natura Ekos está presente na Amazônia há mais de 20 anos e toda a nossa cadeia produtiva na região contribui para conservar cerca de 2 milhões de hectares”, finaliza a executiva.

Com informações e fotos da assessoria

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