Amazonense teve nome eternizado em Santiago de Compostela, pelo trabalho de tradução e divulgação de poetas espanhois no Brasil
O poeta, professor, editor de obras literárias e mestre em literatura e crítica literária Tenório Telles ganhou uma homenagem digna de sua trajetória: ele tem, agora, uma criação da própria autoria eternizada no famoso ‘Jardim das Pedras que falam’, em Santiago de Compostela, na Espanha.
O jardim é parte do Parque da Poesia, junto à Universidade de Santiago de Compostela.
O verso foi inscrito numa pedra para compor o caminho de poemas de vários outros escritores: “O canto do poeta inscreve-se na manhã: Pássaros brancos esgrimam com o vento”.
A homenagem é um reconhecimento pelo trabalho do professor pela tradução e divulgação da poesia espanhola no Brasil, com destaque para autores como Antonio Gamoneda, Claudio Rodríguez Fer e José Ángel Valente.
O livro a que pertence esse verso é ‘Prelúdio Coral’, editado pela Valer, editora do Amazonas.
Sobre Tenório Telles
Tenório Telles nasceu no dia 2 de setembro de 1963, às margens do rio Purus, numa localidade chamada São Tomé, no interior da Amazônia. Aprendeu as primeiras letras na escola comunitária da Costa do Cabaleana, município de Manacapuru, onde também aconteceu o seu despertar para a literatura, continuando depois seus estudos em Manaus.
É licenciado em Letras (1989), com habilitação em Língua Portuguesa, pela Universidade Federal do Amazonas, onde também bacharelou-se em Direito, em 1996. Porém, foi sua paixão pela literatura que o fez trilhar os caminhos da poesia, da dramaturgia, da crítica literária, do magistério e do trabalho de “semeador de livros”. Como pesquisador incansável e crítico literário, produziu trabalhos sobre literatura brasileira e regional.
Não é possível deixar de destacar sua atuação como editor – ao lado de Isaac Maciel – na Editora Valer, em que desenvolvem projetos que só vêm ampliar o cenário literário amazonense, resgatando obras e descobrindo novos autores.
Em 26 de outubro de 2001 Tenório Telles tomou posse na Academia Amazonense de Letras, ocupando a cadeira N.º 16.
