No mês do Meio Ambiente, organização social que implanta bibliotecas em comunidades rurais na região amazônica destaca “Amazônia – E eu com isso?”, de Nurit Bensusan e Taisa Borges, escolhido como o livro do ano do Programa Rede 2024
A leitura é um dos pilares mais fundamentais da formação de um ser humano, não só do ponto de vista da educação formal, mas como base para o desenvolvimento pessoal pleno. Por isso, garantir o acesso a livros é um direito de toda criança. Essa missão está no DNA da Vaga Lume, uma organização social que implanta bibliotecas em comunidades rurais da Amazônia Legal.
O dia 5 de junho comemora, mundialmente, o Dia do Meio Ambiente desde 1972. A ideia é chamar a atenção de todos e promover a conscientização a respeito da importância fundamental de se defender a biodiversidade e preservar os recursos naturais. A construção de um mundo mais verde é condição fundamental para um mundo sustentável.
Para marcar o mês em que se celebra a data, a Vaga Lume destaca “Amazônia – E eu com isso?”, de Nurit Bensusan (texto) e Taisa Borges (ilustração), escolhido como livro do ano do Programa Rede 2024.
Publicado pela Editora Peirópolis, o livro trata das constantes ameaças sofridas pela Amazônia, a maior floresta tropical e maior bacia hidrográfica do mundo. O lucro rápido ilegal coloca em risco a sobrevivência não só da floresta, mas da espécie humana como um todo.
“Nós acreditamos que é preciso estimular e desenvolver todas as pontes de contato entre as pessoas e a natureza, fazendo com que essa relação se torne cada vez mais íntima e presente. A leitura de boas obras que chamam a atenção para a preservação e as questões ambientais, nesse contexto, é uma das principais ferramentas para isso”, afirma Nathália Flores, Gerente de Educação da Vaga Lume.
Sendo um projeto voltado ao fomento da leitura na Amazônia Legal, é natural que a questão ambiental tenha uma presença importante no acervo das bibliotecas da Vaga Lume.
A seguir o portal reúne outras dicas com temática ambiental sugeridas pela Vaga Lume:
Espinho de Arraia
Texto e ilustração: Roger Mello
Editora: Global
A obra foi concebida pensando em uma fruta amazônica: por fora uma cor misteriosa, chamativa, e por dentro uma explosão de cores, sensações e sabores. A história foi inspirada no veneno do espinho da arraia, que pode causar febres e alucinações.
Um rapaz conta como chegou ao fundo de um rio de água escura. Com um conhecimento profundo da flora e da fauna amazônica, Roger Mello mostra peixes e plantas diferentes, como as borboletas amarelas, e o peixe aruanã. Além de detalhar características de bichos tão especiais do nosso sistema ecológico, eles são matéria-prima de metáforas e simbolismos.
Rio menino
Texto e ilustração: Roberta Asse
Editora: Bela Brava
“Rio menino” é um livro formado com água de muitos rios. Protagonista da obra, o rio brinca e passa em movimento, mostrado do ponto de vista de uma criança, um menino igual a ele. O livro fala das relações que estabelecemos com o meio ambiente que nos circunda, das percepções que vêm através da observação e da experiência e de como nos tornamos parte e nos transformamos, através das sensações e da imaginação.
A origem do beija-flor
Texto: Yaguarê Yamã
Ilustração: Taisa Borges
Editora: Peirópolis
O livro, em edição bilingue em português e maraguá, conta a versão do povo indígena Maraguá para o surgimento deste incrível pássaro. A fábula conta a história de Guanãby e Potyra, mãe e filha, que sucumbiram diante da dor da perda de um ente querido. Suas vidas, no entanto, levaram ao surgimento do beija-flor, fruto do amor e carinho de ambas.
Menina mandioca
Texto: Rita Carelli
Ilustração: Luci Sacoleira
Editora: Pallas Mini
O livro conta o mito indígena da origem da mandioca, alimento essencial para a sobrevivência dos povos originários ao longo dos milênios. A obra nasceu da vivência da autora em terras indígenas em sua infância e faz sonhar e vivenciar outras existências, sentir a terra e criar raízes com a nossa ancestralidade.
A cidade dos animais
Texto e ilustração: Joan Negrescolor
Editora: Boitempo
Uma fábula sobre uma cidade abandonada pelos humanos, onde os animais prosperam e compartilham histórias. Um convite para pensar sobre a natureza, a harmonia entre os humanos e os animais e a importância da leitura.
Diário das águas
Texto: Gabriela Romeu
Ilustração: Kammal João
Editora: Peirópolis
O livro, composto de fragmentos que se entrelaçam com ilustrações poéticas, é afluente de muitos diários de bordo, alguns deles cheios de marcas do caminho, respingos d’água e cheiro de chuva. Transpira o balanço da canoa, com textos escritos entre uma parada e outra. Uma caderneta de viagem poética, repleta de palavras, pensamentos, descobertas e perguntas.
Sobre a Vaga Lume
Criada há 22 anos, a Vaga Lume está presente em 22 municípios da Amazônia Legal com 95 bibliotecas comunitárias. Desde 2001 já doou 177 mil livros e formou mais de 5 mil mediadores de leitura, voluntários que leem para as crianças, trabalho esse que já impactou a vida de 110 mil crianças e jovens. O seu propósito é empoderar crianças e jovens de comunidades rurais da Amazônia por meio da leitura e da gestão de bibliotecas comunitárias, promovendo intercâmbios culturais com a leitura, a escrita e a oralidade para ajudar a formar pessoas mais engajadas na transformação de suas realidades.
Em 2023, a Associação Vaga Lume foi eleita pela terceira vez, sendo duas consecutivas, a Melhor ONG de Educação do Brasil pelo Prêmio Melhores ONGs do Instituto Doar. No mesmo ano foi contemplada pelo novo prêmio United Earth Amazônia, na categoria ESG, da sigla em inglês Environmental, Social, and Corporate Governance (Ambiental, Social e Governança) e, também, foi uma das organizações selecionadas em todo o mundo para receber uma doação da filantropa MacKenzie Scott. Em 2022 foi vencedora do Prêmio Jabuti na categoria Fomento à Leitura. Conheça o mini documentário Vaga Lume no YouTube e acesse o site da associação.
Com informações e imagens da assessoria