Museu conta com dois grandes espaços expositivos e foi inaugurado na capital paraense com exposições de fotografias de Sebastião Salgado e obras de oito artistas amazônidas, incluindo o amazonense Paulo Desana
Belém ganhou no final de semana um espaço cultural dedicado a valorizar a ciência e a tecnologia das Amazônias. Localizado no Porto Futuro II, o Museu das Amazônias nasce como um dos principais atrativos da COP30 e traz para a a capital paraense exposições inéditas, entre elas a internacionalmente reconhecida “Amazônia”, de Sebastião Salgado.
O Museu das Amazônias foi projetado para ser referência em cultura, ciência e sustentabilidade, valorizando a pluralidade de identidades, saberes e vozes da região, como destaca o material de divulgação distribuído para a imprensa.

O Museu das Amazônias conta com dois grandes espaços expositivos, de 950 m² e 500 m², além de uma loja e salas multiuso e educativa. O museu faz parte do conjunto de obras realizadas para a Conferência do Clima promovida pela ONU – Organização das Nações Unidas – e reafirma o papel da Amazônia no centro dos debates globais atuais.
Curadoria plural
A construção da linha curatorial envolveu meses de escuta com comunidades, especialistas e pesquisadores.

À frente da curadoria estão Francy Baniwa, antropóloga e pesquisadora do povo Baniwa; Joice Ferreira, ecóloga da Embrapa; e Helena Lima, arqueóloga do Museu Emílio Goeldi, reunindo ciência, ancestralidade e memória em um diálogo entre inovação e tradição.
Exposições de abertura
“Amazônia”, de Sebastião Salgado – que será apresentada pela primeira vez na Região Norte, após passar por Londres, Paris, São Paulo e Rio de Janeiro – reúne cerca de 200 fotografias em preto e branco, fruto de sete anos de expedições do fotógrafo pela floresta. A mostra busca conscientizar sobre a importância da preservação deste importante bioma e a valorização das comunidades indígenas que o habitam. A curadoria é de Lélia Salgado.

“Ajurí”, concebida especialmente para o Museu pelo idg – Instituto de Desenvolvimento e Gestão -, reúne obras de oito artistas amazônidas e de outras regiões do país, em uma experiência imersiva que mistura arte, tecnologia e identidade. O título “Ajuri”, de origem indígena, remete a mutirão e colaboração, conceitos que inspiraram o processo coletivo de criação do museu.

Participam da mostra os artistas amazônidas Carina Horopakó (AM), Evna Moura (PA), Karla Martins (AC), Roberta Carvalho (PA), Paulo Desana (AM), PV Dias (PA), Valdeli Costa (PA) e Will Love (PA), que se unem a Estêvão Ciavatta Pantoja (RJ), Gabriel Kozlowski (SP) e Wesley Lee (SP).
Com informações da assessoria