11,dezembro 2024

Panamá busca o turista brasileiro consciente

Segundo pesquisa panamenha, há 120 milhões de turistas brasileiros conscientes, atrás somente dos Estados Unidos e Colômbia; país está comprometido em traçar um caminho que conecta viajantes aos seus patrimônios e comunidades locais

Com uma nova marca turística, intitulada “Viva Mais”, o Panamá anunciou que está focado no turismo do futuro e em receber mais viajantes conscientes. Rico em atrativos naturais tem um terço das áreas de floresta tropical protegidas, incluindo ecossistemas mais estudados do mundo, o país está comprometido em traçar um caminho que conecta viajantes aos seus patrimônios e comunidades locais.

“De acordo com um estudo que realizamos, o Brasil tem 120 milhões de viajantes conscientes e são exatamente estes turistas que estamos visando. E, antes da pandemia, eram os brasileiros que ficavam mais tempo no país”, explica o CEO da PROMTUR Panama, Fernando Fondevila.

“Estamos falando de um mercado de grande potencial emissor, sempre ávido por viajar. E que atualmente responde por 5% do fluxo turístico de 1.9 milhão de turistas internacionais, ocupando a terceira posição de interesse, atrás apenas dos Estados Unidos e Colômbia”, completa o executivo da organização de marketing do Panamá.

Nova marca

A marca “Viva Mais” exalta o orgulho panamenho por sua terra, história, cultura, patrimônios, valores, tradições e, claro, sua rica e diversificada biodiversidade. E o Panamá toma como premissa para sua promoção turística o compromisso com o turismo responsável e sustentável, mostrando ao turista consciente seus principais atributos. Além, claro, de ressaltar que se trata de um destino completo, com um leque de atrativos e experiências, bem como o fato de ser de fácil acesso, com voos diretos da Copa Airlines a partir de seis cidades brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre e Manaus). Bem como frequências de outros tantos destinos da América Latina.

 

“O Panamá está repleto de experiências imersivas únicas que convidam os viajantes ativos e conscientes a relaxar de atividades autênticas enquanto fazem a diferença no país por meio do turismo. Da conservação da vida selvagem e dos ecossistemas à promoção do crescimento das comunidades locais, nossa abordagem é atrair a sensibilidade turística de hoje para a participação imersiva e o desejo de voltar”, diz Fernando Fondevila.

Recentemente o Panamá reafirmou tal compromisso ao assinar nova declaração “Transformação para o turismo do futuro”. Atestada por autoridades do turismo de alto escalão, se trata de uma resposta à chamado feito pela Organização Mundial de Turismo, para os setores público e privado, para que se repense o desenvolvimento intencional do segmento à medida que se recupera dos impactos da pandemia.

Tudo está ancorado no Plano Mestre para o Turismo Sustentável do país para 2020-2025, reconhecido pela Unesco como um exemplo de inovação e sustentabilidade. E que tem três pilares fundamentais: Patrimônio Cultural, Patrimônio Verde (biodiversidade) e Patrimônio Azul (vida marinha) .

Destaques no roteiro

Um dos destaques, das iniciativas culturais do Panamá, é o trabalho junto a comunidades locais e indígenas para reativar o turismo em várias áreas por todo o país e com isso ajudar a preservar e sustentar o legado dessas culturas. Na bacia hidrográfica do Canal do Panamá, por exemplo, é possível viajar pelo Rio Gatun para visitar a comunidade Embera, um dos sete grupos indígenas que vivem no Panamá. A comunidade dá as boas-vindas aos visitantes para que eles entendam melhor a sua cultura ancestral e aprendam sobre seu estilo de vida.

Já em Bocas del Toro, o governo colabora com comunidades afro-antilhanas para destacar a gastronomia única da região, proveniente de raízes caribenhas e evoluída por décadas de influência local.

A expansão da Zona de Proteção Marinha no Parque Nacional Coiba e seus arredores, posicionou o Panamá como um ‘Líder Azul’ em conservação. Por lá os visitantes podem aprender e experimentar uma vida sustentável nas comunidades locais que ainda praticam a pesca artesanal e os principais projetos de conservação de tartarugas. Entre outras regiões de interesse estão a Baía do Panamá e o Arquipélago Las Perlas, que oferece um refúgio para baleias migratórias todos os anos.

Com informações e fotos da assessoria
 

Rogerio Pina

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