13,setembro 2025

Documentário revela resistência cultural durante a ditadura

Filme conta a trajetória de grupo teatral surgido em Manaus no final da década de 60, reunindo artistas e intelectuais em um movimento de resistência cultural na ditadura militar

O documentário “A Amazônia como palco – Uma história do Teatro Experimental do Sesc (Tesc)”, que conta a trajetória de um grupo teatral surgido em Manaus no final da década de 60, reunindo artistas e intelectuais em um movimento de resistência cultural na ditadura militar, teve lançamento no palco do Teatro Amazonas, no meio desta semana.

Ao longo de 93 minutos, o documentário aborda as duas primeiras fases do grupo, entre 1968 e 1982. O TESC ganhou destaque nacional na década de 1970, quando o escritor Márcio Souza se uniu ao grupo ao lado do poeta Aldísio Filgueiras, um dos fundadores. Eles contribuíram para lançar um olhar crítico ao processo de exploração da Amazônia, além de passarem a valorizar as culturas indígenas da região.

Entre as montagens estão peças sobre a cosmogonia do Alto Rio Negro, como “A paixão de Ajuricaba” e “Dessana, Dessana”, e produções críticas à euforia da Zona Franca de Manaus (ZFM), como “Tem Piranha no Pirarucu” e “A resistível ascenção do boto Tucuxi”. Segundo o diretor do documentário, Gustavo Soranz, essas obras se consagraram como clássicos do teatro brasileiro e pioneiras da dramaturgia amazônica.

“O TESC foi uma experiência cultural ampla, que não se restringiu ao teatro. Reuniu nomes importantes da música, artes e literatura do Amazonas. Este filme é uma homenagem ao grupo e ao que ele representa para a história da região. Além disso, o documentário será lançado próximo ao aniversário de um ano do falecimento do escritor e dramaturgo, Márcio Souza. Então, é uma data também bem significativa”, afirma Gustavo Soranz.

A obra reúne ainda registros de peças clássicas, arquivos fotográficos e depoimentos de grandes nomes que participaram do TESC, como Nielson Menão, Ednelza Sahdo, Stanley Whibbe e outros.

Créditos da obra

O longa é dirigido por Gustavo Soranz. A direção de fotografia é assinada por Erlan Souza, enquanto a produção fica por conta da RIZOMA Audiovisual.

O lançamento do documentário é um projeto contemplado pelo Edital 001/2023, através da Lei Paulo Gustavo (LPG) na categoria ‘Distribuição’, gerido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Amazonas (SEC-AM), com apoio do Governo Federal, por meio do Ministério do Turismo (MTur), Secretaria Especial de Cultura (Secult) e Fundo Nacional de Cultura (FNC).

A Rizoma Audiovisual atua desde 2008 trabalhando na interface entre o audiovisual e a antropologia, produzindo obras para televisão, cinema e web que refletem sobre a sociobiodiversidade amazônica. Além disso, a empresa produz conteúdo, capacitação e pesquisa na área do Cinema, Televisão e Antropologia.

Destaque na internet

O documentário pode ser conferido na internet por meio da plataforma digital SOMMOSAMAZÔNIA, que oferece aos assinantes um variado leque de opções que reúne produções culturais originárias da região amazônica – incluindo audiovisual, música e artes plásticas.

Com informações e fotos da assessoria

Rogerio Pina

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