Chermie Ferreira abre expo sobre a Mãe Terra

Chermie Ferreira abre expo sobre a Mãe Terra

Trabalho da artista manauara, ribeirinha e Kokama ganha exposição unindo grafite e artes plásticas, e será aberta ao público na sexta-feira na Galeria do SESC, em Manaus

O SESC Amazonas inaugura na sexta-feira (27) a exposição ‘Mama Tuyuka’, da artista plástica e grafiteira Chermie Ferreira com a curadoria de Virna Lisi. A mostra individual poderá ser conferida até 29 de julho na Galeria Moacir de Andrade, com entrada  gratuita.

‘Mama Tuyuka’ – Mãe Terra para o povo Kokama – representa “aquela que sustenta tudo ao seu redor, que cuida, protege e alimenta”, explica a curadora Virna Lisi. A exposição reúne uma série de telas em canvas, papel e madeira, marcadas por traços expressionistas em uma combinação única de spray (do grafite) e acrílica (das artes plásticas). “As obras de Chermie trazem em cores, reflexos, texturas, narrativas e traços a grandeza de cada mãe dos povos originários da Amazônia”, salienta a curadora.

Trajetória

Chermie Ferreira é manauara e se divide entre trabalhos na capital amazonense e em São Paulo, onde é representada por uma galeria de arte urbana – a ZIV Gallery – com matriz no Beco do Batman, point do grafite paulistano.

Street artist / grafiteira desde os 16 anos, ela tem sólida  experiência  no movimento de arte urbana  nacional, além de coordenar diversos eventos nacionais e internacionais voltados para a divulgação do grafite, especialmente do trabalho realizado por artistas mulheres.

“Durante a pandemia do novo coronavírus, o isolamento causou sentimentos conflitantes que levaram a artista a vivenciar a transição de ‘grafitar’ muros para pintar em telas, papel e objetos”, afirma Virna Lisi.

O momento de dificuldades e reflexão também levou a artista a se voltar para histórias da família e se ver e reconhecer como ribeirinha e indígena do povo Kokama. Como resultado,neste momento pós-pandemia,  Chermie realiza sua primeira exposição solo em Manaus.

Numa produção  profícua e constante, que se acelerou durante  a pandemia, a artista não parou de criar e produzir, sempre com muito estudo,  pesquisa em história da arte universal, especialmente a pesquisa baseada  em  fotógrafos indígenas do século 20 e 21, criando seu próprio  processo  artístico em que condensa suas pesquisas com as memórias de batalhas pessoais narradas de geração em geração pelas mulheres de sua família.

Com informações e fotos da assessoria

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